Hoje, nossos bebês viveram uma experiência de cores, cheiros e sensações: a pintura com beterraba e couve.
Esses ingredientes simples transformaram-se em tintas vivas, brilhantes e cheias de personalidade, despertando a atenção e o encantamento dos pequenos desde o primeiro toque.
Ao explorar as tintas naturais, os bebês desenvolveram arte de maneira lúdica, leve e criativa. A curiosidade tomou conta da vivência: mãos mergulhadas nas cores, pincéis deslizando e respingos que viravam descobertas. Cada gesto era uma investigação, uma pergunta silenciosa, um convite à experimentação.



Do ponto de vista do desenvolvimento infantil, experiências como essa são extremamente valiosas.
O uso de elementos naturais na pintura amplia a percepção sensorial, estimula o tato, o olfato, a visão e favorece a coordenação motora fina, aspectos fundamentais nos primeiros anos de vida. Além disso, segundo estudos de autores como Loris Malaguzzi (Reggio Emilia) e Vygotsky, atividades artísticas abertas e exploratórias, permitem que o bebê construa conhecimento a partir da ação, da curiosidade e da experimentação direta com o mundo.
As tintas naturais também reforçam a relação da criança com a natureza, promovendo experiências mais sustentáveis, seguras e adequadas à etapa sensorial que vivem. Ao perceberem que as cores vêm da terra, dos alimentos e das plantas, os bebês começam a formar seus primeiros vínculos com o ambiente e a compreender o mundo de forma mais concreta e significativa.
Assim, cada cor experimentada, cada textura sentida e cada marca deixada no papel, se transforma em aprendizado, expressão e poesia.
É a infância acontecendo em estado puro: curiosa, livre, potente e sensível.
“Possibilidades de experiencias estéticas, um contexto artístico que não se resume a apresentar algo pronto, é dar a elas possibilidade de criação.”
(Livro infâncias e territórios – pág. 148)
Atividade realizada com o agrupamento Berçário I A/B, pela professoras Priscila e Nívia, em 14 de novembro de 2025.


